terça-feira, fevereiro 26, 2008

A escola hoje é um gigante ATL.
Gerida por pacovios afortunados, gratos por estarem em posicao de mandar.
Nao à avaliacao esse é um logro

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

O que fazer?

Lutar, lutar lutar, não enlutar!

Todos os professores, no momento final da sua avaliação devem recorrer até ao fim e atafulhar o ministério e os seus serviços de recursos.

Seria mais do que certo uma greve sem sim à componente não lectiva, com tudo o que isso implica: não ir a reuniões, não participar em actividades não lectivas.

mais ideias?

é preciso mudar

É preciso pôr travão a isto. A politica educativa tem de mudar. Os professores necessitam, o país precisa, os nossos alunos assim o exigem.
Hoje não existem condições mínimas de trabalho. Queremos:
  • Melhor regulamentação dos horários de trabalho. Não é possível preparar aulas e estar em reuniões até às tantas, em semanas que excedem o razoável. A componente é um saco sem fundo de onde a qualquer momento se vão buscar mais horas e horas para fazer outras;
  • Não é justo ser-mos nós a pagar a formação, nem ter de a realizar em horários completamente irrealistas. Em qualquer lado são as próprias empresas que pagam a formação dos seus funcionários e esta ocorre em horário misto (1/2 laboral, 1/2 não laboral). No caso dos professores a componente não lectiva é horário laboral- sempre.
  • Queremos avaliação formativa e não suma tiva. É importante que se criem mecanismos de melhoria do sistema, os professores precisam de ajuda não de repressão. O actual sistema de avaliação é punitivo e segregador.
  • Numa profissão onde a visão pedagógica sobre como se devem ensinar é de sí já polémica (lembremo-nos das guerras de Nuno Crato vs Românticos); não podemos ser avaliados segundo ideias à la carte de quem está na mó de cima.
  • Recusar se avaliado por quem possui grau académico inferior.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

O que esperar de um professor - excertos

«Que seja um transmissor de conhecimentos organizados em módulos linearmente articulados? Um classificador que assegura os diplomas? Um formador capaz de desenvolver projectos e de facilitar a reconstrução crítica do conhecimento? Um especialista apto a gerir fontes diversas de conhecimento e a tomar decisões? Um simples executor de rotinas, programadas por outros? Um investigador que estuda e resolve problemas?
.....
No limite, as orientações e práticas pedagógicas, de instrução, os paradigmas de investigação e os modelos de formação adoptados, estão dependentes das perspectivas sobre a natureza do conhecimento, do pensamento e das diferentes teorias da aprendizagem. Ou seja, as orientações metodológicas e curriculares, as práticas, derivam e fundamentam-se, pois, nas teorias da aprendizagem e do desenvolvimento, sendo, então, os seus pilares a Filosofia e a Psicologia.
....

É, pois, possível encontrar na literatura diferentes tipologias de perspectivas da aprendizagem/do conhecimento, com ressonâncias ao nível do ensino e da instrução, ou seja, teorias de aprendizagem e da instrução, paradigmas/epistemologias da Psicologia Educacional, ou orientações paradigmáticas do ensino.

As estratégias/métodos e tarefas utilizadas na instrução:

«(…) é uma educação baseada na competência [numa perspectiva comportamental]. Competência que sendo um conceito é, igualmente, um método (…).» (Elias & Merriam, 1984, p. 103).


Ao nível das planificações (preparação) da instrução:

«A principal actividade de preparação consiste em dividir as diferentes matérias do programa em unidades de aprendizagem (…) são pequenas unidades, cada uma ocupa 3 aulas (…) uma aula de instrução, sobretudo oral, feita por mim, uma aula de revisão e de avaliação, e uma aula de remediação, para os alunos com dificuldades, seguida de nova avaliação (…). Cada unidade de aprendizagem é definida por 3 componentes: em 1º lugar, os objectivos de aprendizagem (…) objectivos gerais e específicos, que estão directamente relacionados com os conteúdos (…) em 2º lugar, os conteúdos, isto é, os temas, os factos, as ideias e os princípios, da matéria que estão incluídos nessa unidade (…) em 3º lugar, a actividade intelectual ou os processos cognitivos [processos de reprodução e reconhecimento de informação memorizada, processos de compreensão simples e processos de transferência associativa] (…).» (Joyce-Moniz, 1989, pp. 241 e 265).

(aqui a fonte)


Existem contudo outras perspectivas. Quem me avaliar, para além menos estudos, que pespectiva tem do ensino? como olhará para as minhas aulas?

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Recuperar uma entrevista

Em tempos Proença de Carvalho exprimia num artigo de opinião isso mesmo a sua opinião. a entrevista pode ser consultada aqui.
Um aspecto devo desde já clarificar, a avaliação quando implementada revelou-se catalisadora de um sistema educativo mais eficiente, no que concerne aos resultados esperados. No entanto mesmo nos países onde a avaliação se concretizou em moldes idênticos ao nosso os resultados obtidos pelos alunos não são melhores que os nossos. Encontram-se mascarados pelos resultados obtidos em escolas privadas, onde o acesso, fruto de uma selecção com base, não apenas na capacidade financeira, mas também na origem social é desde logo criadora de um núcleo mais homogéneo culturalmente e apresenta expectativas igualmente semelhantes.
A escola pública é supostamente para todos, não olha à proveniência nem se adapta com facilidade.

A grande heresia proferida por este homem reside na seguinte passagem "Nas actividades privadas, o mercado exerce essa avaliação permanentemente. As empresas e os profissionais liberais não sobrevivem se os consumidores dos seus produtos e serviços escolherem os seus concorrentes. De nada servirá aos empresários e trabalhadores privados auto-avaliarem-se com notas elevadas, se não tiverem clientes que os escolham. No ensino privado, os pais dos alunos são, afinal, os avaliadores das escolas, através da sua escolha." - ora isto não poderia ser mais falso. A escola não é uma empresa (principalmente a pública) e os pais destes alunos não escolhem a sua escola. Os pais destes alunos, purgam os indesejáveis, com mensalidades inacessíveis aos pais dos alunos cujo meio cultural é igualmente desfavorecido. Desta forma os alunos culturalmente desfavorecidos ficam privados das experiências que alunos culturalmente mais ricos poderiam proporcionar. Os mais favorecidos isolam-se cada vez mais, socialmente, culturalmente e sobretudo emocionalmente do resto. Vivem num mundo à parte, como aliás vive o autor deste artigo.

domingo, julho 08, 2007

Exames? em que contexto?

A avaliação dos alunos é vista sob vários prismas e é um instrumento que pode ser usado politicamente (vejam-se os actuais resultados na Matemática).
Não penso que os alunos aprendam mais por terem exames ou que a sua existência dê a volta aos principais problemas que os currículo apresentam.
Como nos vamos lentamente aproximando de modelos existentes em outros países resta-nos conhecer já as implicações dessas medidas.
Nos EUA as escolas sofrem a rankização onde maus resultados podem levar ao seu fecho. O valor dos imóveis está ligado à posição da escola no referido ranking.
As consequências não se podiam fazer esperar. Hoje gasta-se dinheiro a fiscalizar todo o sistema, nomeadamente a analisar os exames à procura de sinais de fraude. O curioso é que por um lado os professores focam e ficam obcecados pelos conteúdos avaliados em exame e por outro lado colaboram e implementam sistemas de fraude de modo a melhorar artificialmente os resultados dos seus alunos. Podem ler aqui

Escolas Privadas vs Escolas Publicas

Este estudo é a comparação entre escolas públicas e escolas privadas nos EUA. Este assunto é tão mais importante quanto o facto de a sociedade ter necessidade de introduzir sistemas de avaliação que implicam sempre comparações. A importância deste estudo reside no ajustamento realizado de modo às amostras serem comparáveis. Ainda que as privadas apresentem melhores resultados em absoluto quando se procede à correcção verifica-se que as diferenças entre escolas deixam de ser significativas e até em alguns casos, como no da matemática, a escola pública apresenta melhores resultados.

segunda-feira, julho 31, 2006

Uma Pausa

Por motivos impostos tenho de fazer férias em Agosto. Por isso voltarei em Setembro. Penso no entanto que as medidas bem sucedidas da ME permitirão a curto prazo os professores gozarem o periodo de Férias em qualquer altura do ano. Falo claro está das aulas de substituição. Assim estou a pensar já em Outubro passar uma semanita em NY . Terei que deixar os planos das aulas. Em Agosto passarei a dar aulas de apoio a alunos mal preparados e que obrigatóriamente têm de frequentar um curso de Verão para "passarem" de ano.....

Era bom....

Boas Férias

quarta-feira, julho 26, 2006

Só para lembrar...

Esta circular que pode ser lida no site da DREN é no minimo curiosa. Primeiro não diz nada de novo ou dirá? Quer a Srª Ministra dizer que as direcções regionais não têm prestado a devida atenção às questões disciplinares?
No segundo ponto lembra a legislação aplicável, o que também não é novidade. Penso que estará contudo incompleta A captação de qualquer imagem em edificios do estado carece de autorização segundo sei embora seja, por uma questão de transparencia comum. Lembro-me da captação de imagens em hospitais com entrevistas a pacientes pacientemente à espera, mas também a médicos. Lembro-me de um médico sindicalista falar num hospital para um canal de televisão. Terá pedido autorização?
Falta apenas lembrar que os colegas da escola que apareceu na reportagem da RTP sobre violência se encontram com um processo em cima (ao que consta). A ser verdade parece-me que sim, a circular fará todo o sentido. Seria a RTP capaz de fazer a reportagem se informasse os infractores dos horários das filmagens? O facto de ter sido preservada a identidade de todos não foi suficiente?

terça-feira, julho 25, 2006

Morte à imoralidade.


Poderia tentar situar no tempo atendendo às dificuldades existentes no país. Diria qualquer coisa como "nos dias que correm é imoral...", mas não é necessário. Oremos então....
Ora isto é imoral. Seja qual for a situação do país é imoral. Por outro lado teriamos em conta governantes que nem para si são bons? Solução à vista? parece-me que para já não.
Mas isto é um problema, sério, grave.....o país está em desestruturação social forte.
Urge uma solução se tiver alguma vergonha este senhor não a aceita ( a reforma), mas já aceitou o que mostra que é só garganta porque no que toca a pilim todos gostariam de se chamar Jardim Gonçalves. Às gentes que hoje pagam a sua (e outras igualmente imorais) reforma e que quando chegar a sua, se chegar cumprirá apenas assistir.?
Será o destino de El Rei D. Carlos que esta gente merece? Será que o sangue que em Abril não se derramou estará para chegar?
Estará a história a reescrever-se? Estará esta república a chegar ao fim?
Quem é responsável? será que interessa?
Quantos Alegres existirão?Quantos mentirosos como muitos dos politicos que temos existirão?
Bando de pardais à solta...