terça-feira, junho 27, 2006

Vigilâncias e Matriculas e horas muitas horas

Andamos todos a fazer coisinhas...
As vigilâncias apesar de insuportáveis eu ainda engulo mas fazer as matriculas dos meninos...
Ser professor não é fazer trabalho administrativo!
Já agora aproveito para expressar uma preocupação:
-é cada vez mais necessário regular o horário dos professores. Quantas horas lectivas podem ser leccionadas seguidas e quantas num dia ? devem ser traçados limites.
-Quantas horas deve um professor estar na escola?
-Qual o tempo minimo de almoço?

É que hoje iniciei às 8:30 e sai da escola eram 8:00 pm
Foram vigilâncias, reuniões de avaliação e imaginem um recurso.
As reuniões atrasam-se e lá se vai o almoço....

Na Inglaterra um professor estes aspectos estão regulados - até o dia de folga. Por acaso as condições nem são as ideais mas a situação está regulada.
Eis porque não sou sindicalizado - não vejo estas preocupações sentidas e defendidas pelos sindicatos.

quarta-feira, junho 14, 2006

É preciso mostrar...

HOJE FAÇO GREVE



GREVE

Não concordo com muitas das posturas dos sindicatos.
Talvez não concorde com o dia.. (mas quem perde €€€ sou eu)
Esta ministra insultou-me como profissional.


É tempo e o momento de mostrar a nossa indignação.

É tempo de união,
de mostrar que temos vergonha na cara e levamos muito a sério o que nos dizem.

Podem manipular as estatisticas na comunicação social mas saberão do nosso descontentamento.
Daremos assim força aos sindicatos para a negociarem melhores condições.
Pensarão duas vezes antes de terem outras ideias brilhantes ...
É preciso dizer BASTA agora e parar de lamentos.
É preciso coragem e união.
Força
Todos à GREVE!

Nota - não sou sindicalizado.

quarta-feira, junho 07, 2006

Carta Aberta (para ler e divulgar)

Carta Aberta à Sr.ª Ministra da Educação

Esta carta, que será divulgada também na comunicação social, tem como objectivo contribuir para a reflexão acerca da Qualidade da Educação do nosso país.

Neste sentido, e ao invés de contestar ponto por ponto a sua proposta de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, os docentes deste país ficam-se pelas suas consequências, o tal efeito prático que a Sr.ª Ministra prefere dissimular num jogo falacioso e perigoso, atirando-nos, pais e professores, uns contra os outros.

Embora tenha surgido como o maior engodo – o de chamar os pais à escola - da história da Educação deste país, na verdade, a avaliação dos Docentes pelos Pais e Encarregados de Educação, representa apenas uma ponta da ponta de um iceberg, uma linha de texto num documento de 54 páginas. Interessa apenas a quem se limita a promover manobras de diversão facilmente identificáveis, parecendo ignorar que nenhum professor sério irá temer se for avaliado de forma séria. É vergonhoso, até para nós que somos portugueses, verificar o calculismo e a facilidade com que a Sr.ª Ministra aborda a questão complexa, como é a de avaliar os desempenhos dos professores, sem o mínimo de profundidade, preferindo, sem olhar a meios, o populismo fácil e barroco.

Recorrendo a meras hipóteses, se o novo estatuto fosse, numa eventualidade pouco inteligente, aprovado, o docente teria um número fechado de vagas para Muito Bons e Excelentes. Assim, perguntamos nós: e se, num acaso, os professores de uma escola excederem o número premeditado de Excelentes? Escolher-se-iam os melhores dos melhores e passar-se-iam os outros para Muito Bom e os que tinham a dita nota para o Bom? Ou, numa outra eventualidade, rasurar-se-iam as notas, de forma a não se levantarem polémicas no seio de uma escola que se quer unida e sempre controlada?

Talvez se vislumbre uma resposta se se conhecerem melhor os dezasseis pontos em que o hipotético docente será avaliado, previsto no artigo 46º do hipotético novo estatuto:

. o professor será avaliado pelos resultados escolares dos alunos. Explicar-nos-á a Sr.ª Ministra como pode um professor de uma má escola, e em muitas “má” será sempre um doce eufemismo, ter o mesmo nível de qualidade na sua avaliação de um colega seu numa boa escola? Será então que os professores têm as mesmas medidas e oportunidades de uma boa avaliação? Ou, por outro lado, bastará que se avalie positivamente os alunos, independentemente da realidade?

. o professor será avaliado pelas taxas de abandono escolar? Certamente que no Ministério ainda andam à procura de uma resposta coerente a esta pergunta. Imaginemos que existe uma comunidade de etnia cigana numa escola ou que em determinada localidade, e não são assim tão poucas, os pais querem retirar os filhos da escola para que trabalhem com eles. Como pode o professor ser penalizado por uma situação como esta onde a responsabilidade não lhe cabe? Não se deveriam criar medidas coerentes para um mundo real? Neste caso como seria, então? Seriam penalizados todos os docentes daquela escola ou apenas daquela turma? Não será esta uma medida oportunista, em que se acusam os professores da incompetência, de um governo que não cria segundas verdadeiras opções para os jovens que abandonam o ensino ou que simplesmente querem mais? Não será esta medida economicista, visto que, deste modo, os professores ficam limitados na sua avaliação, o que prejudica seriamente a sua progressão e,

naturalmente, os impede de subir de escalão e vir a auferir um melhor salário?

. apreciação do trabalho colaborativo do docente? O que significa exactamente trabalho colaborativo? E para colaborar com o quê? Ou com quem? Terá a Sr.ª Ministra intenção de instigar ao mau ambiente na sala de professores ou a de tornar menos transparentes algumas avaliações? Haverá aqui uma vontade de tornar ambíguo o que se quer simples e preciso? Talvez, na sua visão, “dividir para reinar” faça um sentido que não cabe nesta profissão!

. apreciação realizada pelos pais e encarregados de educação. Consegue a Sr.ª Ministra avaliar com a exacta certeza uma pessoa que nunca viu e cuja imagem foi construída apenas por uma criança ou pelos comentários de outras? Serão todos os pais capazes de avaliar os professores através de quase nada? É essa a avaliação que pede aos professores, quando se trata de avaliar os seus alunos? Avaliar com pouco? Mas sempre num nível positivo, de forma a não transtornar os pais? A Sr.ª Ministra quer que nós acreditemos que uma avaliação realizada desta forma irá ser objectiva e transparente? Muito embora cada um dos pontos tenha um peso, que ainda não se conhece, tal questão parece-nos irremediavelmente condenada ao fracasso, pelo menos se observada de um ponto de vista sério e rigoroso.

. avaliação através da observação de aulas? Quais são os critérios adoptados pela Sr.ª Ministra? Imaginemos que decorre a avaliação de dois docentes distintos em dois locais diversos. Cada um dos quais está a ser medido por um hipotético professor titular. Imaginemos que são duas escolas em meios diferentes. Encontra-se a Sr.ª Ministra capaz de nos assegurar que ambas as avaliações serão correctas ou que, sendo invertidos os lugares, os docentes manteriam a mesma qualificação ou quase? Nestas contas entram factores demasiado subjectivos. Numa mesma escola, o mesmo professor pode obter dois níveis diferentes, se for avaliado, por exemplo, por titulares de distintas sensibilidades. Suponhamos, por outro lado, que a aula corre mal, porque o professor está engripado ou porque os alunos vieram de uma visita de estudo. Será sério avaliar todo um ano escolar com três visitas à sala? Será sério fazer depender a progressão na carreira desta forma?

Os docentes passariam a ser avaliados em dezasseis pontos ou itens de classificação como lhe chama a Sr.ª Ministra. Destes, quinze são perfeitamente subjectivos, e um deles, o que respeita à assiduidade, o único preciso porque se trata de um número, a Sr.ª Ministra trata-o com a ligeireza que parece ser o seu maior dom.

A Sr.ª Ministra não se nega a coarctar aos docentes qualquer esperança, ainda que infeliz, de poderem assegurar o seu desempenho se caírem doentes numa cama. O professor passa, assim, a ser obrigado a cumprir 97% do seu serviço lectivo, se quiser progredir na carreira. À priori, esta medida parece ser finalmente a resposta aos pedidos dos pais e encarregados de educação dos nossos alunos. Será assim tão óbvia e tão simples esta leitura? Três por cento de faltas como máximo, representa cinco dias de faltas por ano? Explique-nos, por favor, a Sr.ª Ministra como justifica o facto de não poder estar doente. Fazemos notar que não falamos apenas de nós próprios, aqui também cabe a assistência à família. Repare a Sr.ª Ministra que os professores lidam com crianças, cerca de vinte e cinco por cada uma das cinco turma (em média, claro está), e que estas mesmas crianças adoecem e se constipam e nos constipam. E nós sabemos que às vezes mais vale ficar um dia em casa e recuperar a saúde, do que prestar um mau serviço público. Os docentes têm um grande respeito pela sua profissão. Nenhum professor sério falta para ficar a dormir. Teremos que “contagiar” toda uma escola necessariamente, em nome da graduação profissional, uma vez que só serão devidamente justificadas as doenças em regime ambulatório.

Por outro lado, repare Sr.ª Ministra, pois talvez ainda não o tenha feito, que a grande maioria dos docentes está deslocada da sua casa, longe dos seus familiares. Esta enorme massa humana que se desloca pelo país, em milhares de quilómetros mensais, aos princípios e fins-de-semana, em veículo próprio, e que entrega dinheiro ao estado nos impostos de combustíveis, está muito sujeita a ter contratempos na estrada ou com a mecânica do seu automóvel, e que, a partir de agora, estes mesmos cidadãos manterão esta distância durante três e depois quatro anos!

No que diz respeito às mães ou futuras mães, não compreendemos como pode a Sr.ª Ministra querer avançar com um estatuto que as espartilhará – a maternidade é um direito protegido pela Constituição da República Portuguesa. É-nos dito que, no decorrer desse ano, a docente não será avaliada, pelo que a mãe terá nesse ano a mesma classificação que lhe for atribuída no seguinte, ou seja, bastar-lhe-á faltar seis dias para que não progrida na carreira dois anos. Saberá a Sr.ª Ministra o complexo que é cuidar de uma criança durante os primeiros meses e anos de vida? Numa primeira fase, a do período do parto, o novo estatuto salvaguarda as mães para depois as deixar desamparadas numa segunda fase, como se a maternidade se esgotasse no acto de “dar à luz”.

Contempla alguns destes dados na sua proposta, Sr.ª Ministra, ou prefere tratá-los com a distância da sua demagogia? Como quer a Sr.ª Ministra estabilidade docente, aquela que tanto aclama, convencendo apenas quem ignora a realidade do que é ser educador, se qualquer uma das acções que toma vai no sentido de criar instabilidade e insatisfação? Como quer a Sr.ª Ministra docentes produtivos e colaborativos se instiga ao fascismo redutor, como se lidasse com gente disposta a rebaixar-se aos seus pés sem que lhe fosse levantado um par de olhos? Como quer a Sr.ª Ministra um alto nível de rendimento escolar e uma enorme qualidade para a Educação quando atira medidas laças para cima de uma mesa, onde se discute o futuro?

Este é um assunto sério, Sr.ª Ministra, nenhum professor está aqui para brincar! À Sr.ª Ministra interessa ter os pais do seu lado, independentemente dos meios, o que lhe interessa são os fins economicistas, cada vez mais sublinhados por cada medida que assina.

Pretende convencer os professores deste país que um tecto ao fim de doze anos de carreira é um objectivo para quem tem que ser avaliado e classificado todos os anos? As demagogias criadas para iludir a opinião pública são os instrumentos de trabalho utilizados pelo estado, mas do tempo da outra senhora, quando a Sr.ª Ministra ainda tinha a esperança de viver numa democracia – se é que teve…

Parece-nos que todas estas medidas foram lançadas ao ar para justificar o trabalho de alguns caciques que há muito não leccionam e que pululam de gabinete em gabinete na esperança, certamente vã, de lhe apresentar algum trabalho, uma vez que, somente quando já não tiver professores no seu ministério, vossa Senhoria ficará plenamente satisfeita.

Junho de 2006

Um grupo de Professores desrespeitados

terça-feira, junho 06, 2006

Uma nota de desânimo


Parece mentira mas é verdade: uma boa parte dos docentes não conhece a proposta do ministério. Fala dela pelo que ouve. Não tem afinal opinião. São carneiros SENHOR, são carneiros.

segunda-feira, junho 05, 2006

As letras pequenas do contracto

A meu ver existem alguns aspectos mal explicados neste ECD. Uma delas é o que se entende por 22horas lectivas: são tempos lectivos de 45minutos ou podemos esperar que por cada 45min veremos acrescida a carga horária em 15min? Ou seja mais 7,3 tempos de 45min. até acredito que a ministra dê 0,3 minutos (cerca de 20min) de barato. Dessa forma trabalhariamos realmente 22 horas lectivas (29 tempos de 45min). Publicamente esse será um argumento dificil de contrapor.
Por outro lado parece-me que todo o tempo passado na escola será a trabalhar pelo que deveria ser descontado na componente não lectiva da escola. Dessa forma os intervalos e "furos" nos horarios seriam obrigatóriamente deduzidos nessa componente. Não devemos temer discutir estes minutos, lembremo-nos que encurtaram em 5min as aulas e puseram-nos a trabalhar mais dois tempos na escola. São as letras pequeninas do contracto.

Outro aspecto que me parece relevante é o da necessidade de um cumprimento de 97% da componente lectiva para que a avaliação se possa realizar para efeitos da progressao. Já aqui o disse e repito: é injusto, não é o professor que está a ser avaliado mas as circunstâncias em que esta decorre. Seria muito mais correcto fazer como na formação profissional onde são pura e simplesmente cumpridas as horas necessárias ao cumprimento dos programas.

Outro ponto pertinente é o caso de professores que hoje possuem qualificações como mestrado e doutoramentos e outros habituados a assumirem funções agora vedadas por este documento. Estes docentes desaparecem, ou melhora, fazem-nos desaparecer neste documento.

Existem muitos aspectos a que os sindicatos deverão estar atentos mas duvido que façam algo que contribua para a melhoria das condições de trabalho. Estão demasiados ocupados a defender os que pretendem aceder à carreira e a defender a antiguidade como valor - na linha do ministério - e não realmente atentos às necessidades reais das escolas e dos professores que hoje asseguram o funcionamento das escolas.

Curiosamente estou à espera para ver como vão resolver as coisas quando os que hoje asseguram um vasto conjunto de funções amanhã deixarem os lugares para gente mais acomodada. Além de que é óbvio que desta forma também esse deixarão de ter as reduções dos cargos e passarão a assegurar mais horas na escola. That´s money!

Isto vai ter piada, já nos estamos a virar uns contra os outros...
Já vi gente contente com o facto de supostamente ter escapado ileso (os do 9º e 10º escalão). Mas acreditem que também esses vão chorar quando os inspectores lhes baterem à porta e lhes perguntarem por uma série de papelada que deverão assegurar. Claro está que a batata quente cairá nos outros agora avaliados pelos professores titulares. Vai ser lindo.

sábado, junho 03, 2006

Notas sotas.

Paralelamente às iniciativas como as do Miguel que procuram gerar alternativas a este documento, penso ser necessário tomar posições e agir estratégicamente. Ideias?
Para já corre o tal abaixo assinado , mas podermos fazer mais?
Poderemos usar estratégias mais elaboradas e empenar o sistema? usar o código de procedimento administrativo e entupir o sistema com procedimentos inuteis mas que moam a paciencia da ministra? alguém tem ideias?
Quanto a greves parece-me que deve ser total e em coordenação com todos os sindicatos. Já percebemos que a FNE não acompanhou a FENPROF.....
Reorganizar e actuar. Não podemos deixar que isto aconteça à nossa frente sem sequer manifestar até ao limite a nossa indignação.
Por que não entupir os correios com postais à ministra e ao Presidente da Républica....
Procuram-se soluções e alternativas.
Acredito que possa existir alguma inversão de posição mas.....

Se for colocado no 3º escalão (como penso que poderei ser) ficarei mais de 15 anos nele. Os meus colegas, os titulares, ficarão por lá até aos 65 anos. Tenho de os matar ou esperar que morram para que se de uma vagazita. Muito sinceramente este estatuto não poderia conter mais estimulos ao mérito.
Vou fechar para obras durante o fds, vou procurar calibrar o meu bom senso e espero voltar mais eu .

sexta-feira, junho 02, 2006

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve...) as saudades.

O tempo cobra o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim coverte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Onde está?

Onde está....

o PS?
Manuel Alegre?
Ana Benavente?
Marçal Grilo?

O país está a afundar-se num neoliberalismo tardio.....

Viva o Mundial
Viva o calor do Verão
Viva as férias dos deputados
Viva o euro Milhões
Viva as reportagens de 15min em horário nobre sobre os jogadores no mundial
Viva os casinos
Viva as conversas cor-de-rosa portagonizadas por maricas pseudo inteligentes e videntes do jet-set
Viva a proliferação de Igrejas e seitas religiosas que muito ocupam e consolam as nossas gentes
Viva o jet-set, bonito de se ver. Cheirar outras vidas
Viva
Viva
Viva

Algumas notas:ECD


A definição de tempo lectivo e a organização do horário docente em função de tempos lectivos e não de horas: 22 tempos lectivos (45min cada) e não 22horas;

  • A inclusão no horário dos professores na componente não lectiva da escola dos intervalos entre tempos lectivos inferiores a dois tempos lectivos.
    • Normalmente os intervalos entre aulas não são contabilizados é como se não existissem e fossem da nossa componente não lectiva o que é falso já que estamos no nosso local de trabalho e ao serviço da escola. O mesmo se passa com os “furos” dos horários passados na prática na escola e sem condições de trabalho para o exercício com qualidade da componente não lectiva individual.
  • Eliminação do critério dos 97% e a sua substituição pelo cumprimento dos programas a leccionar e do número mínimo de aulas previsto para o seu cumprimento. A não inclusão de clausulas na actual proposta que protejam docentes com família e que por acidente não cumpram os 97% não vêm esse tempo contabilizado para progressão. É injusto na medida em que não é o docente que está a ser avaliado mas as condições em que se processa a avaliação. Não é a qualidade do docente que está em causa nesta proposta mas um critério absurdo que nada diz da qualidade do ensino prestado.
  • A questão dos programas é agora pertinente tendo em linha de conta que são de difícil cumprimento e de objectivos pouco definidos – não interessa se isso do ponto de vista didático-pedagógico é o melhor ou o pior; interessa a clarificação de critérios objectivos que permitam determinar claramente o seu cumprimento. Nessa medida regras claras com objectivos programáticos definidos é essencial.
  • A clarificação das condições mínimas de trabalho: material fornecido ao docente; espaços atribuídos; e de regras e protocolos a seguir nas relações entre os diferentes intervenientes na escola
  • Papel dos pais e alunos com clarificação de regras e obrigações necessárias ao desempenho desejado dos docentes. Embora se procure com este estatuto regular a actividade docente esta não é isolada (como prova a referência dos pais como intervenientes na avaliação dos docentes e o sucesso dos alunos). Torna-se assim saber em que condições e quais os critérios que tornam válida a participação de todos: docentes; pais; comunidade local; alunos etc.
  • Prever mecanismos de correcção de irregularidades de modo a dar oportunidade aos docentes de melhorarem as suas práticas. Não partir do principio da exclusão simples.
  • Preveligiar a formação dos docentes credibilizando a mesma
  • A exclusão simples de alunos incumpridores das regras estabelecidas e perturbadores do exercício que se pretende de excelência com encaminamento para escolas de 2ª linha especializadas em casos problemáticos. (esta até dói)

Não é a escola em que acredito mas perante regras duras há que exigir condições de trabalho e não trabalho em quaisquer condições.

O ministério deve sim criar condições para um acesso de todos à escola. Mas a actual escola para todos prejudica o desempenho dos docentes prejudicando o seu desempenho e avaliação.

Os professores devem ter ao seu alcance todos os mecanismos necessários para impôr as suas práticas, nomeadamente meios disciplinadores eficazes como a expulsão, suspensão de alunos de forma liminar assim como prever a interdição de alunos cujo o aproiveitamento ou a assiduidade impliquem uma avaliação previsivelmente negativa por motivos de incumprimento das prescrições de trabalho ao aluno. É duro mas a par das resposabilidades vem o poder.

Não que acredite muito nisto, mas nas condições desta proposta quero armas.

Deve alterar as regras ou a escola – que escolha.

Parabens

Quero aqui deixar uma palavra de reconhecimento pela forma séria e inteligente como Miguel tem organizado opiniões e conduzido esta reacção à prepotência deste governo. Por cá dei-me ao luxo de purgar o meu mal estar de forma mais emocional, mas isso nada resolve e é mesmo contraproducente. Temos de nos organizar e o outroolhar congrega seriedade e objectividade com trabalho feito. Um blog a seguir e no qual devemos colaborar.

Demissão!

A demissão em bloco dos orgãos de gestão das escolas começou na escola Inês de Castro em Coimbra. Espero que lhe sigam o exemplo todos os outros. Todos devemos mostrar a nossa indignação da forma possível. Esta é uma. A greve é inevitável.
São exemplos destes que devem ser seguidos.
Nem mais uma palavra senão :

DEMITA-A Srº1ºMinistro.

Demita-se

quinta-feira, junho 01, 2006

Um caminho dois destinos (uma nota literária)

Ou esta ministra sai já ou arriscamo-nos todos, cidadãos, ver este país trilhar rapidamente esta selva de politicos ignorantes rumo ao abismo. A sociedade não pode ter alguem ao leme da educação que em vez de trabalhar melhorando o sistema encontra culpados e executa-os. Quem depois disto estará disponível ? São verdadeiros traidores. Não merecem sequer ser portugueses. São verdadeiro estrume, produto de um país desorientados e entregue a "cola-cartazes". Os que mandam não percebem nada de nada ou melhor tudo de tudo e andaram a colar cartazes e em manifestações enquanto outros se muniam das ferramentas necessárias para exercerem uma profissão.
São o podre.
Não posso com o cheiro. Vou-me afastar. A merda seca e o cheiro passa. Pode ser que com o tempo adubem qualquer coisa: talvez uma revolta.
Existirá alguém com bom senso neste país? Confesso que já perdi o meu, não se nota?
Sinto um verdadeiro desprezo pelo que este país se está a tornar.
Tenho esperança em deixar de ser professor e arranjar outro emprego ou estabelcer-me por conta própria. Melhor ainda seria sair do país (afinal já temos portugueses a nascer em Espanha). Não tenho medo de trabalhar. Tenho mais medo deles. São a Pide de hoje e escreve-se apenas com duas letras: PS.
P.S. Sabemos hoje que afinal não tinham dito tudo.
Estamos fodidos.