quinta-feira, março 30, 2006

Como os entendo...

Perante os acontecimentos na escola do Cerco no Porto (Publico) onde mais um professor é agredido o que mais me impressiona é a noticia e a forma como antes de um relato dos factos surge a desculpabilização do menor (acentuando-se este facto) perante os seus problemas familiares.
Para ser correcto não é uma desculpa. O que a noticia faz é uma contextualização dos factos. Não foi no Iraque foi no Cerco, não foi um menor qualquer. Foi um rapaz com problemas familiares a viver o insucesso escolar em plena adolescência.
Ninguém procurou saber se a professora perdeu a razão momentos antes da agressão e o acto foi consumado em legitima defesa. Teria sido o contrário? afinal o que aconteceu?

Qualquer idiota percebe que esta é uma escola com problemas, uma das escolas que deveria ser fechada. É uma escola plenamente inserida no seu meio. Nesta escola mesmo no centro do bairro em vez de resolver os problemas existentes acarinha-os. Os problemas do Cerco entraram pela porta da frente na escola e convivem todos os dias com os estranhos (os professores). Os vizinhos que se odeiam estão na mesma sala. Os problemas de ..., p....e outros convivem no bairro como na escola.

Esta escola deveria ser fechada. Os alunos dispersos por escolas do Porto (algumas em vias de fechar e com condições invejáveis) teriam mais oportunidades e acesso a outros mundos que não o do seu bairro cercado por todos os lados pela pobreza, estradas mas com uma escola lá dentro.

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