terça-feira, dezembro 13, 2005

As "verdades"

Nunca como hoje se procura a verdade. Politicos houve que como visionários tinham um saber divino e tomavam decisões. Essas decisões colocaram o nosso país à beira do abismo segundo dizem. Hoje temos politicos responsáveis. Recorrem a estudos cuidadosamente encomendados. Os seus resultados são divulgados na comunicação social mesmo a tempo de informarem a opinião pública. Foi assim com a questão das faltas a quando da greve dos professores, foi agora acerca da mobilidade dos professores.

As verdades agora expostas como feridas a céu aberto magoam a quem todos os dias vive os problemas do quotidiano na sua escola. Se à dois anos atrás a ministra da educação entrasse numa sala de professores (que não do ensino superior) com um pequeno bloco de notas não necessitava sequer de questionar os professores sobre os problemas e insucessos do sistema educativo português no que diz respeito à sua dimensão pedagógica-instrutiva-formadora.

Essa oportunidade passou. A Senhora ministra dificilmente será bem vinda numa qualquer escola deste país, mas se puder entrar sem ser vista coraria de certeza com os comentários, não a seu respeito, mas a respeito das medidas demagógicas que tem vindo a tomar.

Qualquer debiloide, para usar um termo mais do que infeliz de um fazedor de opiniões pago para isso (penso eu) sabe a o resultado previsto destas medidas.

Um aviso à comunidade em geral: estas medidas terão consequências na motivação dos professores. E esta é uma actividade cuja dimensão animica e humana são o fulcro das aprendizagens.

Agora os professores dedicados que asseguram o funcionamento das escola além imcompetências do ministério pensarão duas vezes antes de agir.

Por exemplo corrigir um teste sem que o ministério me pague a caneta vermelha, não.
Sair em visitas de estudo além do horário docente obrigatório, não.
Fazer testes no meu computador e imprimi-los na minha impressora com o meu papel, não.
Telefonar de casa à noite para entrar em contacto com o encarregado de educação x a meu custo e do meu telefone, não.
Dizer bom dia à ministra, não. Dizer adeus à minsitra, sim.

Sem comentários: