quarta-feira, janeiro 25, 2006

Avaliação- notas soltas

A avaliação dos alunos deve ser contínua, dizem. Não discordo mas no que respeita à sua componente formativa. Nesse sentido deve ser descritiva e construtiva. Por isso deve ser contínua. Deverá ser mais qualitativa e menos quantitativa. Deverá privilegiar o progresso do aluno.

No entanto no final de um percurso impõe-se que a avaliação seja sumativa. Quando digo impõe-se sublinho sobretudo a necessidade de o fazer por imperativos de aferição e não por razões legais. Falo da importância de saber se os progressos realizados correspondem às exigências curriculares.

Nesta linha os exames não comprometem ninguém, pelo contrário dignificam o trabalho sério, com objectivos claros e conhecidos por todos.

No entanto é extremamente difícil, na prática, articular a avaliação formativa com a necessidade de atribuir níveis ou classificações. Legalmente apenas a classificação do último período (se a memória não me engana) é considerada sumativa devendo este juízo ser globalizante.

A avaliação formativa serve o aluno mas também o professor devendo este adequar as estratégias de modo a obter (gosto disto pois implica alguma magia, não acham?) os melhores resultados.

Caso não os obtenha o professor é o penalizado. Para começar tem de justificar o fraco rendimento dos alunos, depois planos de recuperação o que leva a mais papel. Papel, papel papel….

No que respeita ao alunos estes não podem ser penalizados por não se ter ainda encontrado uma “cura” para o seu problema. Por isso mesmo devem passar até que um dia descobrem que não estão a fazer nada na escola, já no ensino não obrigatório repetem duas ou três vezes o mesmo ano e retiram-se.

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